A esporotricose é uma doença negligenciada em felinos! Aqui em Curitiba a doença está fora de controle. Sem dados reais sobre o avanço da doença e sem suporte efetivo da prefeitura ou centro de zooneses, a esporotricose avança pelos bairros .
Ela é considerada uma zoonose que representa um problema de saúde pública. A Esporotricose de Transmissão Felina (ETF) é um fungo no qual, infelizmente, os gatinhos possuem maior chance de se contaminarem.
Os gatinhos que vivem com acesso à rua podem ter mais chances de terem a doença, assim como, gatinhos que tem contato com outros gatos de rua também! Por terem hábitos como cavar na terra e andar livremente, podem acabar contraindo o fungo através de solos ou gramas contaminadas e através de arranhões em árvores e galhos. O fungo fica alojado em suas patas podendo se estender para todo o corpo devido ao hábito de limpeza dos gatos.
Os gatinhos contaminam facilmente entre si, a transmissão ocorre pelo contato com animais doentes. As formas de contaminação mais frequentes são por arranhadura, mordedura ou contato direto com secreções de feridas infectadas. Gatos com a doença podem apresentar lesões na fossa nasal, podendo ter comprometimento em pulmões ocasionando espirros, fosses, dificuldade de respiração e até mesmo de alimentação, o que possibilita eliminar secreções infectadas à distância também.
Lesões ulceradas são dolorosas e pruriginosas. Animais doentes procuram alívio balançando a cabeça ou friccionando os ferimentos com as patas. Em ambas as situações, secreções contendo leveduras infectantes podem ser lançadas à distância, contaminando a pele ou mucosa ocular. Também é muito frequente que um gato doente contamine outros animais e humanos que convivem no mesmo ambiente, como uma casa, quintal ou até apartamento.
E como eu reconheço a esporotricose?
São feridas que podem começar como pontos, parecendo que o gato levou uma mordida. Essa ferida vai abrindo e pode se espalhar por outras regiões do corpo conforme o gatinho vai se coçando. Geralmente tem início em membros, orelhas, patas, fucinho.
Aqui alertamos algo muito sério, esse fungo é altamente transmissível!
E o tratamento?
Existe tratamento para Esporotricose em Felinos e humanos. O tratamento é feito com itraconazol (antifúngico) de 3 a 6 meses em média, caso a doença tenha atingido o sistema respiratório, podemos adicionar ao tratamento a medicação conhecida como Iodeto de Potássio. Dependendo do avanço da doença, é aconselhado a eutanasia.
A dosagem geralmente é alta e você precisará notificar o 156 (número de telefone da prefeitura da área de zoonoses) e passar pelo Posto de Saúde para pegar seu tratamento. Dependendo da gravidade da doença, gatos infectados podem ser tratados por seus tutores em ambiente onde não tenham acesso à rua, utilizando-se de luvas e roupas especiais, sempre realizando q limpeza diária do ambiente e principalmente longe de crianças, há também clinicas e hospitais veterinários especializados. Sem tratamento, a doença é devastadora entre os felinos.
Portanto, sempre fiquem atentos à gatinhos com lesões de pele, quanto mais rápido o tratamento e identificação através de exames, melhor será a evolução clínica dos nossos companheiros.
- Baixe aqui nosso manual da esporotricose e encaminhe para os conhecidos.